segunda-feira, 8 de outubro de 2007

A Porta Abriu...


A porta abriu-se lentamente, e a Condessa agitou-se ao sentir os passos, o Marquês entrou e abeirou-se da cama de lençóis negros, sorriu-me cúmplice e beijou-me demoradamente como se o desejasse à muito. A Condessa continuava excitadíssima, e sussurrou ‘Marquês, sois vós, reconheço o seu perfume…’, o Marquês não respondeu tinha-o proibido de proferir qualquer palavra, na cama a Condessa murmurava perguntas e debatia-se, tentando libertar-se da sua prisão, chamava por mim e ardia em desejo, pedia-me que a fizesse sentir o prazer que o seu corpo procurava, lembrando-se ainda de como eu lhe tocara, creio que a enlouquecia ouvir os ruídos que fazíamos e não ver o que se estava a passar.
Despi o Marquês num ritual provocador, deixei-o sentir-me em pequenos toques dissimulados, mas impedi que me tocasse, apenas permitia que me beijasse os lábios, mas fugia-lhe quando a sua língua queria tocar a minha. Senti-o excitado, e sussurrou-me ao ouvido que me queria possuir, respondi-lhe que primeiro queria que ele satisfizesse a Condessa enquanto eu observava e me acariciava.
Na cama a Condessa chamava por mim, e quando o Marquês se aproximou dela, dando-lhe um beijo, ela mordeu-lhe os lábios, furiosa de não me sentir. Eu observava a cena sorridente, ainda vi o Marquês tentar tudo para que a Condessa se entregasse, mas ao fim de minutos ficou frustrado, foi-se embora a correr. Libertei a Condessa horas depois, primeiro fui ter com Zed, que me deixou com um sorriso de felicidade e luxúria. Nunca vi uma mulher tão furiosa, quase brigava comigo, mas eu avisei-a que se me tocasse, ela sairia dali nua! Saiu praguejando e fazendo ameaças, certamente passou pelos vestíbulos, onde eu a avisara que colocara as roupas dela.
As últimas informações que ouvi do palácio, contadas por uma aia que me saboreia e me deixa a pairar nas nuvens, foram que a Condessa usa agora um falo artificial que vibra e que o Marquês espera ansiosamente a volta do médico da corte que partiu numa viagem de três meses, nunca mais se ergueu desde aquela tarde, a Camareira tenta a horas certas trazê-lo de volta ao sucexo mas de todas as vezes não consegue nada além duma valente dor nos joelhos…

9 comentários:

Buda Verde disse...

mmmm... que estória gostosa.

Klatuu o embuçado disse...

Diria que se trata de toda uma nobreza desinteressante, mas enfim, assim ficaram os nobres na imaginação plebeia de quem sonha que riqueza e palácios proporciona melhor sexo.

Anónimo disse...

Op

Relato interessante esse.
És uma maquiavélica com muito estilo.

:)

Phantom of the Opera disse...

A musica é sublime
O texto divino...

Deixo um Beijo perdido no tempo

Anónimo disse...

Bemmmm Miss Amizade....
Noutra encarnação deves ter sido uma daquelas maravilhosas e maquia vélicas mulheres nobres e com tudo no sítio!!!! Ehehehhe
Amei este texto!!!
Bjokas gandes
Cris

Anónimo disse...

Tu és terrível, n se tortura assim ninguém sem dar nada em troca depois, és do pior já visto e imaginado.

Beijos.

O Profeta disse...

És divinalmente má...uff...


Doce beijo

suruka disse...

Isto está lindo está.

Mas que bem, interessante isto aqui, quanta imaginação...

Condessa disse...

Cara Op. Louca, passei por aqui logo após a vossa publicação deste texto, mas por vezes os dedos não querem deixar marcas da minha passagem. Ok, serão os dedos e também o cerebro que é ele que comanda a vontade dos dedos... ok, ok, ok...
Mas já me passou a preguicite das falanges e como tal aqui estou eu para te vos felicitar por tão audaz enredo, por tão atrevido final, por tão maléficas palavras.
Gostei, que posso fazer, gostei e assim me redimo a vós, fazendo vénia ao texto...
Beijo-vos mais uma vez, mas é só se me apetecer... hummmm acho que não em apetece!

(Já não estou aqui! Pena:))